Eis a urze!
Delicada na aparência,
soando a violino quando a brisa lhe sopra os ramos,
tão suavemente perfumada, que só quem a conhece lhe identifica o aroma!
A urze estende as suas flores por campos e campos que tinge de roxo, lilás, rosa e branco.
Se tocada por nossas mãos, percebemos-lhe a aspereza que explica a sua resistência tenaz contra as inclemências do tempo.
Se tocada por nós, solta sons de guizos: as sementes que deixa escapar para que amadureçam no chão quente e criem vida nova.
A urze cresce conforme pode: altíssima se a terra é funda; rasteira se logo encontra rocha.
A raíz da urze é retorcida; magnífica para esculpir à navalha; excelente para lançar ao lume e dar muito calor.
A urzeira, por ser tão densa e arejada, é abrigo escolhido pela passarada. O chedre nidifica nela, regressando todos os anos.
A urze cresce conforme pode: altíssima se a terra é funda; rasteira se logo encontra rocha.
A raíz da urze é retorcida; magnífica para esculpir à navalha; excelente para lançar ao lume e dar muito calor.
A urzeira, por ser tão densa e arejada, é abrigo escolhido pela passarada. O chedre nidifica nela, regressando todos os anos.
1 comentário:
Tropecei em ti num dos cantinhos do Jofre Alves e como gosto de quem me sabe falar das urzes, creio que gosto de ti, porque me sabes falar delas. Porque me sabes falar da «mãe», das nossas mães e porque, certamente me saberás falar, escrevendo de muitas mais coisas. Voltarei a passar por cá e a dizer olá. Se calhar, nem verás este comentário, mas verás outros!
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