24/02/2008

Hino


Procuro-te e invoco o teu nome
Ó benfazeja!
Quando te derramas sobre a Terra
É como se mil dedos lhe acariciassem o corpo
E os passos de mil pardais
A tocassem levemente
Fazendo ecoar infinitos e ínfimos tambores.

És o corpo bem-amado
Que a terra, ventre sequioso,
Espera e recebe em espasmo.
És o sémen que os céus vertem
Para que a vida se multiplique e seja pródiga.

Quando vens,
Ó chuva,
Os meus sentidos cantam de alegria!

11 comentários:

Anónimo disse...

Quém será, o auror/a, desta pérola que não assumiu a sua posse!
Sujeita-se a ser roubado/a
As minhas felicitações a quém de direito!
José Manangão

Jorge P. Guedes disse...

OH-LA-LA !!!

Acaso ressuscitou o nosso Torga?

Nem digo mais nada! A minha boca, OH!...

O que vale é que está publicado e com os direitos em dia, senão...

Um senhor abraço, M. ESC.

MPS disse...

Cara José Manangão

Tudo quanto publico nesta página é de minha autoria, a não ser que refira o contrário. Mas o meu amigo sabe disso, daí os elogios que, naturalmente, agradeço muito.

O plágio é, naturalmente, um dos riscos maiores da internet, mas que se há-de fazer?

Um abraço

MPS disse...

Meu caro Jorge

Lá me vais adoçando o ego com as tuas hipérboles (essa de me comparares ao Torga, então... sabes bem o que quero dizer)!

Um abraço

Anónimo disse...

Nesta madrugada, enquanto oiço Zeca Afonso, passo por este magnífico blogue, a fim de pôr a escrita (leitura) em dia.

Deliciei-me com A GRANDE PORCARIA, a grafia de COSOVO (que me encheu as medidas). E, claro, até visitei aquele soberbo (sem soberba) artigo datado de 12 de Maio de 2006 para ficar embevecido com a paixão e saber do DICIONÁRIO BRAGANCÊS.

Não tenho perdão pela ausência, que é castigo assumido, coisa de Barzabu, que insiste em empurrar-nos para descaminhos, quando o coração manda visitar esta página.

Uma coisa é certa: vir aqui, até faz rir as orelhas, como dizem (diziam) os mais antigos aldeões quando estão contentes. Boa semana.

Jofre Alves
http://escavar-em-ruinas.blogs.sapo.pt/

http://vilaflor.blogs.sapo.pt/

MPS disse...

Meu caro Jofre

Sentir a ausência dos amigos é sinal da importância que lhes damos: senti muito a sua falta, mas longe de mim questionar os motivos que, ainda por cima, sei que são de monta - e por si confirmados como vindos do barzabu!

Quanto ao Cosovo: obrigada por ter reparado. Há cisas em que me custa ceder!

Obrigada, ainda, pelo enorme trabalho a que se deu. Percorrer os arquivos do blog é obra! Repareou, então, que o "Brègancês" começou aqui, depois cresceu, conquistou a maioridade e instalou-se em casa própria. Na nova morada ainda há muito para fazer, mas com tempo tudo se resolve. E acredite: até se me riram as orelhas (obrigada por me recordar esta)com a sua visita e palavras sempre gentis.

Um abraço

MPS disse...

Correcção

Logo havia de sair o gato quando falava de não ceder! Coisas, não "cisas"; reparou, não "repareou".

Chanesco disse...

Cara MPS

Pena é que o tempo actual, amedrontado com as alterações climáticas provocadas por todos nós, se acobarde e mande esta chuva a brincar ao "estraga e foge", não conseguindo penetrar as entranhas da terra para, como bem diz, que a vida se multiplique e seja pródiga.

Abraço

Jorge P. Guedes disse...

MPS:

Esclareço dois pontos, pois me parece que o meu comentário foi mal interpretado:

1- Comparar-te ao Torga foi uma forma que julguei simpática de dizer que muito gostei do que escreveste.

2- "O que vale é que está publicado e com os direitos em dia, senão..." foi um modo de tentar inocentemente desmotivar os larápios.

Creio, assim, ter percebido o que me querias dizer.

Um abraço.

MPS disse...

Caro Chanesco

Bela síntese: "brinca e foge"!

Quanto ao clima, eu não tenho muitas certezas: a História da Terra é tão longa e tão cheia de mudanças profundas, que não sei se estamos a viver entre dois ciclos, ou se estamos a atingir o pico de um ciclo de aquecimento. Mas como a nossa vida é tão curta que não dá para comprovar nada, vou morrer sem saber. O Céu mo dirá.

Um abraço

MPS disse...

Caro Jorge

Mal entendido? De modo nenhum! Aquilo que escreveste agora foi, exactamente, aquilo que eu percebi, mas pequei por não ter sido suficientemente eloquente nos agradecimentos e peço desculpa por isso.

Um abraço