Se as minhas mãos pudessem desfolhar
Eu pronuncio teu nome
nas noites escuras,
quando vêm os astros
beber na lua
e dormem nas ramagens
das frondes ocultas.
E eu me sinto oco
de paixão e de música.
Louco relógio que canta
mortas horas antigas.
Eu pronuncio teu nome,
nesta noite escura,
e teu nome me soa
mais distante que nunca.
Mais distante que todas as estrelas
e mais dolente que a mansa chuva.
Amar-te-ei como então
alguma vez? Que culpa
tem meu coração?
Se a névoa se esfuma,
que outra paixão me espera?
Será tranquila e pura?
Se meus dedos pudessem
desfolhar a lua!
Tantas as leituras, tão belo o poema!
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4 comentários:
A paixão pelas palavras, pelos livros, pode produzir textos como este...se o poeta é poeta e o leitor sabe ler.
Percebeste-me bem!
Thanks. I'm sorry, but i can't find your site!
o que eu estava procurando, obrigado
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