01/05/2008

Trabalho

Desde a Idade Média que o trabalho é considerado direito do povo: apenas daí lhe vinha o sustento e a vida. Séculos passados, a revolução de Abril consagraria constitucionalmente tal direito. Hoje, pese embora, as sucessivas revisões constitucionais, tal direito mantém-se consagrado, embora com redacção distinta da original. A versão actual fui buscá-la ao portal do governo que faria bem se a consultasse todos os dias. Reza assim:

Constituição da República Portuguesa


(Sétima revisão constitucional - 2005)

PARTE I - Direitos e deveres fundamentais


TÍTULO III
Direitos e deveres económicos, sociais e culturais

CAPÍTULO I
Direitos e deveres económicos

Artigo 58.º
(Direito ao trabalho)

1. Todos têm direito ao trabalho.

2. Para assegurar o direito ao trabalho, incumbe ao Estado promover:

a) A execução de políticas de pleno emprego;

b) A igualdade de oportunidades na escolha da profissão ou género de trabalho e condições para que não seja vedado ou limitado, em função do sexo, o acesso a quaisquer cargos, trabalho ou categorias profissionais;

c) A formação cultural e técnica e a valorização profissional dos trabalhadores.

14 comentários:

Anónimo disse...

Amiga MPS
Bem haja, por ter recordado nete seu post, aquilo que este DESgovero, deliberadamente ignora, e não há justiça que o obrigue a cumprir.
Hoje não vou sabê-la na Alameda, mas esteja onde estiver tenho a certeza de que estará,do lado da justiça que todos os trabalhadores reclamam.
Um bom feriado, amiga!
Manangão

MPS disse...

Caro José Manangão

Fiz tanta "cuba livre" naquela Alameda!

Hoje pesa-me mais a divisão dos trabalhadores. As confederações sindicais bem podiam seguir o exemplo dos sindicatos dos professores e unirem-se. Estaria lá, pode ter a certeza.

Um abraço

J. Stocker disse...

Ainda hoje escutei, numa entrevista radiofónica, a UGT pela voz de João Proena, dizer que está e estará sempre aberto à possibilidde de se comemorar em conjunto este dia!
Mas a corda estica mas não parte, que pena

"Nunca um teimoso, está sozinho"

MPS disse...

É uma pena que se não entendam. Quem perde são os trabalhadores, cada vez mais divididos.

É o "dividir para reinar"!

Anónimo disse...

Amiga MPS
Eu não acredito!
Era aquela senhora nuito loura de cabelo curtinho?
-É que eu ía na mira de beber uma caipirinha logo de ínicio, para depois poder vir a conduzir sem problemas, por essa razão estive lá, só que a águardente de cana não era da que eu gosto , por isso desisti.
A águardente de cana que eu gosto é a marca "Velho Barreiro" garrafa castanha!
Lá estou eu a contar a minha vida toda!
Abraço
Manangão

Anónimo disse...

Viva o 1º de Maio, que as lutas nunca sejam esquecidas! Viva o Trabalhador.
Façamos deste Maio uma jornada de luta e de esperança!

São disse...

Maio é mês de luta.
Pois que não o esqueçamos nunca!
Feliz final de semana.

MPS disse...

Caro José Manangão

Muito loira, não, antes muito grisalha. Há já uns anos que não faço as cubas livres pelo motvo que lhe disse: o pesar-me a divisão.

Um abraço

MPS disse...

Ludo Rex

Os motivos foram trágicos, mas calhou em Maio o dia do trabalho, por isso só pode ser de esperança. Afinal nós somos mais, não é?

Obrigada pela visita.

MPS disse...

São

Maio é meês de luta e vitória!

Obrigada pela visita

Porca da Vila disse...

Essa parte da Constituição, os Governos costumam passar por cima. Igualdade de oportunidades é coisa reservada aos que têm cartão rosa ou laranja...

Um Xi Grande

MPS disse...

Caríssima PV

É bem verdade o que diz... Mas os governos não são eleitos e prestam contas a quem o povo elegeu. Que fazem, então, Assembleia da República e Presidente da República?

Um abraço

Meg disse...

Cara MPS,
Atrevo-me a dizer que a maior parte
das criaturas que governam este
pais, nunca leu a Constituição.

Quanto aos direitos consagrados, minha amiga, com política ou sem política, há-oa que nem sequer deviam ter de estar "escritos".
Deviam ser direitos naturais, mas são cada vez mais uma utopia.
E a fome? Tenho 63 anos e nunca me passou pela cabeça que fosse possível ouvir falar em fome... fome... falta de pão, leite, não só já para as crianças, ao mesmo tempo que se anuncia que a Europa produz de mais. MAIS DE QUê???
Quem conheceu a Rodésia e Yan Smith, aceitará que haja fome naquele país? A terra arável mudou?

E em Angola, com os seus antigos colunatos com produções bianuais, diamantes, petróleo não é obsceno falar de fome ao mesmo tempo que Luanda é neste momento a capital mais cara do mundo?

Políticos de todo o mundo, resolvam os problemas das populações para que tenham os tais direitos consagrados.

Não fora a porca da política...

Um abraço amigo

MPS disse...

Cara Meg

Ler, se calhar leram. O mais certo é darem-lhe daquelas interpretações habilidosas, de contorcionismos semânticos, como aquela sobre o "Tratado de Lisboa" que afinal , sendo, não era constitucional e por isso não tinha que ser referendado...

A fome interessa a muitos: é da miséria dos humilhados que nasce o poder dos tiranos. Por isso ela existe e se dissemina. Dá raiva.

Um abraço