Hoje deu-me para isto: o plágio. Não das ideias nem do conteúdo, que não sou de tais manhas, antes da forma. Aí sim, é plágio integral e continuará a ser plágio, embora o anuncie. Despudoradamente, plagio a forma criada pela, por mim muito estimada, Porca da Vila. Vamos lá, então.
A Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) está a aplicar com rigor os regulamentos comunitários de higiene às instituições de solidariedade social: exige que as cozinhas tenham os mesmos requisitos que as de um restaurante, proíbe as instituições de aceitar alimentos dados pelas populações e deita fora toda a comida congelada em arcas normais. A ASAE alega que o regulamento comunitário sobre legislação alimentar se aplica a qualquer empresa do sector "com ou sem fins lucrativos".
(...)
Uma das exigências é a existência de um túnel de congelação - uma máquina que faz uma congelação ultra-rápida dos alimentos.
A Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) está a aplicar com rigor os regulamentos comunitários de higiene às instituições de solidariedade social: exige que as cozinhas tenham os mesmos requisitos que as de um restaurante, proíbe as instituições de aceitar alimentos dados pelas populações e deita fora toda a comida congelada em arcas normais. A ASAE alega que o regulamento comunitário sobre legislação alimentar se aplica a qualquer empresa do sector "com ou sem fins lucrativos".
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Uma das exigências é a existência de um túnel de congelação - uma máquina que faz uma congelação ultra-rápida dos alimentos.
17.05.2008, Sofia Rodrigues, in Público
Para quando a criação de uma ASAE das escolas?
Segundo a DREL, os cerca de 300 alunos da escola deverão ser transferidos para a vizinha Secundária Gago Coutinho, que tem melhores condições e perto de 800 alunos. Mas subsistem dúvidas quanto à continuidade dos cursos que existiam na Infante D. Pedro e sobre o futuro dos professores e funcionários. A presidente do conselho executivo da Gago Coutinho já disse que esta escola vai ter muitas dificuldades em acolher todos os alunos da SIDP. Segundo refere, o estabelecimento tem capacidade para 42 turmas, já está a funcionar com 44 e deverá ter que formar 56 com a entrada dos 300 alunos da Infante D. Pedro.
17.05.2008, Jorge Talixa, in Público
A fotografia foi roubada, despudoradamente, daqui
A ASAE, benza-a Deus, vela por nós e assegura o cumprimento da garantia constitucional de que nenhum português pode ser alvo de discriminação. Se nenhum português, na cantina da empresa, pode comer comidinha caseira, cozinhada com produtos da horta em panela mexida com colher de pau, porque hão-de poder os pobres?
A ASAE, benza-a Deus, sonha com o dia em que, por lei, poderá invadir as nossas casas para atestar da existência de túneis de congelação. Não havendo, zás, vai tudo para o lixo. Os ratos que engordem, porque mais vale portugueses famélicos do que portugueses que não obedecem às leis da higiene alimentar.
A ASAE, benza-a Deus, só se dará por satisfeita quando, a bem das regras, sobre a mesa dos portugueses nada restar não ser a esterilidade desinfectada.
A ASAE, benza-a Deus, sonha com o dia em que, por lei, poderá invadir as nossas casas para atestar da existência de túneis de congelação. Não havendo, zás, vai tudo para o lixo. Os ratos que engordem, porque mais vale portugueses famélicos do que portugueses que não obedecem às leis da higiene alimentar.
A ASAE, benza-a Deus, só se dará por satisfeita quando, a bem das regras, sobre a mesa dos portugueses nada restar não ser a esterilidade desinfectada.
Para quando a criação de uma ASAE das escolas?
14 comentários:
Amiga MPS
O caso da ASAE,faz-me lembrar, aquela idosa que foi responder em Tribunal, pelo facto de , ter roubado um chocolate numa supeficie comercial.
É evidente e necessária uma fiscalização,mas que não tome atitudes ridículas, senão lá temos a velha historia do diz o roto ao nú!
Os maus exemplos são tantos, que se existe algum bom pelo meio;-nem se dá por ele!
Abraço amiga
Manangão
Caro Manangão
É tudo sordidamente desinfectado. Salvam-se os casinos, pelos vistos!
Um abraço
Cara mps
Venho agradecer e retribuir a sua visita ao meu Mar como me compete e deve fazer quem � visitado. Desculpe a falta de assiduidade, que lamento, pois � com muito gosto que a visito.
Quanto � ASAE, espero que impere o bom senso para bem de todos n�s. O cuidado exagerado � t�o pernicioso quanto a neglig�ncia. N�o creio que seja poss�vel �s institui�es de solidariedade social nem �s escolas o cumprimento integral de todas as exig�ncias mas que a continuarmos assim o tradicional cozido � portuguesa, os choquinhos com tinta, o arroz de lingueir�o, o xar�m com sardinhas, correm o risco
de desaparecer definitivamente n�o tenho quaisquer d�vidas e talvez passemos a comprar os legumes, a carne, o peixe na farm�cia. Esterilizados.
Um abra�o
Cara Sophiamar
Perdoe-me se começo por discordar de si, afirmando que ninguém tem o dever de retribuir visitas! Pessoalmente, posso dizer-lhe, entro em muitos blogues (mais do que aqueles que estão na barra lateral) e raramento deixo sinal da minha passagem. Faço isso frequentemente no "A Ver o Mar" onde encontro textos muito interessantes e curiosos. Desta feita decidi-me a comentar, porque voltei a encontrá-la num espaço que, agora, ambas frequentamos e aquilo que escreveu deixou-me comovida.
Quanto à ASAE: a culpa não lhe cabe sozinha. Ficámos a saber entretanto, que os produtos tradicionais portugueses não estão protegidos porque os governos, até à data, não tiveram cinco minutos para escrever uma lista e entregá-la em Bruxelas. Em nome de que interesses é que não consigo vislumbrar!
Falei numa ASAE para as escolas, apenas por causa da sobrelotação a que algumas são submetidas.
Um abraço e obrigada pela visita e pelas suas palavras, sempre tão cordiais.
Em nome de que interesses a ASAE actua de forma tão intransigente, quando se trata de produtos regionais?
O exemplo dos galheteiros foi um caso notório.
Porque será que em Espanha, basta pssar a frontreira, vemos nos restaurantes almotolias a servir azeite avulso, a "regar" as torradas do peqeuno almoço.
Provavelmente só os portugueses é que adulteram o azeite.
Quanto à colheres de pau: este é mais um caso curioso.
Nalguns paises dá-se preferência à madeira em detrimento do pástico nas tábuas de cozinha (teflon) e nas colheres de pau. Está provado que os detritos acomulados nos cortes profundos do material, que não sairam com a lavagem, a madeira se encarrega de as "digerir" enquanto no plástico apodrecem.
Um abraço
Meu caro Chanesco
Pois é assim mesmo: a gente não entende porque nada disto faz sentido. Eu não sei como é que os lisboetas e demais festejadores dos santos populares se vão amanhar sem poderem comer a sardinha assada na brasa, nas tascas improvisadas na rua!
Pessoalmente tenho nojo do teflon e agora já posso dizer porquê.
O que mais impressão me faz nisto tudo é a cegueira, porque sinónimo de tacanhez. Dos governantes aos polícias é tudo o mesmo "Ó patego, olha o balão!"
Um abraço
Cara mps
Permita-me que lhe responda, em jeito de esclarecimento, apesar da plena concordância com a afirmação que deixou registada: " Perdoe-me se começo por discordar de si, afirmando que ninguém tem o dever de retribuir visitas!".
Comcordo em absoluto consigo mas referia-me exclusivamente a nós, Urzeira e A Ver o Mar. Que me lembre, nunca um comentário meu desmereceu uma visita sua, escrita, e o mesmo aconteceu comigo.Foi dentro desse contexto que escrevi tais palavras pois que ,também , diariamente, entro em muitos blogues sem que deixe quaisquer palavras não tendo isso significado de demérito para os bloguistas em questão. Não sei se tem em mente a primeira vez que a comentei. Foi em relação à Bula Manifestis Probatum e, a partir daí, fomos fazendo um comentário ou outro, esporádico sim, sem grandes encómios, sem acrimónia. Como diz, desculpe-me a imodéstia, tento que nos meus comentários transpareça a cordialidade condição sine qua non, quanto a mim, para fazer da blogosfera um espaço aprazível, tão do meu agrado quanto do seu.
Quanto ao espaço que refere, que muito me agrada, até porque tenho em comum com um dos bloguistas a paixão pelo mar( ele velejador, eu nadadora) fez-me acicatar o gosto pelo retorno às terras do nordeste e,quiçá, a permanência por uns dias num hotel que, segundo creio,através dele ( blogue) tomei conhecimento.
Continuarei a passar pelo seu espaço, com o mesmo gosto com que o chedre retorna à urzeira, parafraseando a frase do cabeçalho.
Sua leitora atenta, deixo-lhe um abraço
Isabel
A este Governo cor-de-rosa não interessa que haja fiscalização a sério às condições de funcionamento absurdas em que muitas das escolas deste país se encontram. Importa é passar aos cidadãos - potenciais votantes no PS - a imagem de que tudo funciona como é suposto funcionar e que, sobretudo, se tudo está bem, tal se deve ao desempenho excelente da senhora Ministra e do seu Ministério. Tudo o resto, como sempre diz o senhor Sócrates, será calúnia. E uma grande mentira...
A propósito da ASAE e da questão das colheres de pau, galheteiros, azeiteiras e artigos parelhos, a escrever, teria que meter pelo meio uma data de palavrões, coisa que não fica bem mesmo a uma Porca como eu. Mas sempre direi que não é fácil encontrar tanta estupidez junta em forma de Lei. Bem besta haverá de ser, o 'legislador' que a engendrou...
Um Xi Grande
Cara MPS
Estou apavorada com a ASAE... um dia destes tenho de ir fazer uma viagem relâmpago a Lisboa, e sabe que vou levar farnel?
É que quem vai sem tempo para almoçar, não quero que me aconteça como da última vez, que para lanchar, entrei em inúmeras pastelarias. Um salgadinho, um prosaico queque, um normalíssimo pastel de nata? Nada.
Ah... mas havia prateleiras cheias de umas coisas confeccionadas ali com uma massa folhada(?)congelada que vem... de Itália.
Ir a Lisboa sem farnel... jamais!!!
(em francês, claro). E não vou falar do pão, claro.
Quem nos acode, minha Amiga?
Um abraço
Ah... esqueci-me de deixar uma pergunta no ar: por que é que nas grandes superfícies se pode comprar toda a espécie de salgadinhos "à peça" (sem estarem embaladados)???
Boa noite, Isabel!
Não pensei que transparecesse acrimónia da resposta que lhe dei. Se assim entendeu, então o defeito é meu que não soube explicar-me bem. As minhas desculpas por isso.
Eu tenho a sorte de ter, embora poucas, pessoas muito ricas a comentarem aqui. A Isabel, embora de forma esporádica, é, naturalmente, uma dessas pessoas. Reli os comentários ao post que referiu, escrito em tempos difíceis. Nem imagina o bem que me fizeram todos eles: deram-me ânimo para fazer força da fraqueza.
Já vê que a sua presença, pela cordialidade, pela simpatia e pelo que acrescenta, é querida por aqui. Ainda por cima a citar o cabeçalho!
Um abraço
Caríssima PV
E não refilou com o plágio descarado que lhe fiz!Ah! Mulher valente!
Conseguiu pôr-me a rir, já se vê. Olhe, os palavrões à nossa moda nem vale a pena dizê-los, porque têm sempre graça e, a tanto, aquela súcia não chega. E porque não chega, fazem leis como ninhos de boubela. Os porcos são eles.
Um abraço
Cara Meg
Traga farnel e grande: há-de topar com tantos olhos cobiçosos, que terá que o partilhar.
Deus nos livre de quem tanto zela pela nossa saúde!
Um abraço
A sanha persecutória da ASAE causa-me frenicoques, como o acossar a mulherzinha que, para ajudar a equilibrar o escassíssimo orçamento familiar, confecciona e vende uns rissóis a pataco!!!
As intrusões abusivas, onde qualquer negociozinho de cacaracá, segundo estes “iluminados”, tem que ter uma casa de banho para o patrão, outra para os empregados, mais outra dos clientes que mijam de pé, além do destinados às senhoras!!!
Mas esta gentelha, com tanto frenesi de mostrar trabalho, por que não vão combater, assim, empenhadíssimos, os criminosos reais que nos assaltam, roubam e espancam a trouxe-mouxe?
E aquelas caçadeiras e cara tapada nas feiras!? Parecem “alacraus” com cara de bardinos...
E mais aqueles ignóbeis objectivos traçados para cada inspector, com taxas de coimas e prisões predefinidas?!
A actividade da ASAE, necessária certamente, carece de dose equilibrada de humanismo e de bom-senso.
Por este andar, teremos inspecções de bacamarte aferrado nas escolas – mas para perrear os professores – e nas nossas casas, tudo muito dentro da “Lei”, tudo “perfeitamente normal” na visão cor-de-rosa ou “cor-de-burro quando foge”...
Apetece-me parafrasear: «colheres de pau de tudo o País, uni-vos»!
Meu caro Jofre
Pois é, pois é. Vou-me lembrando, cada vez mais, do 1984... Também havia uns ministérios com umas secretarias e umas polícias. E também havia televiões com a dupla função de informar (!) e de observar e também havia os alimentos autorizados e os não autorizados...
E há esta enorme sensação de que sufocamos!
Um abraço
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