A Natureza conserva a memória do início dos tempos. Pode parecer quieta mas, em silêncio, aguarda que os pés dos homens deixem de trilhar os caminhos. Então, sem mais delongas, adona-se novamente do chão que lhes emprestara.
Também as casa, santuários protectores dos elementos, conhecerão o mesmo destino. Talvez sejamos nós as últimas testemunhas de que, aqui, se ouviram os risos dobrados das crianças: os nossos risos! Talvez, por isso, sejamos nós os únicos a sentir este nó que nos sufoca a garganta.
Também as casa, santuários protectores dos elementos, conhecerão o mesmo destino. Talvez sejamos nós as últimas testemunhas de que, aqui, se ouviram os risos dobrados das crianças: os nossos risos! Talvez, por isso, sejamos nós os únicos a sentir este nó que nos sufoca a garganta.
10 comentários:
Charles Darwin, que esteve para sér padre, foi o grande cientista que estudou a evolução da Natureza.
A partir de então a Natureza passou a ser vista, como coisa viva, e não como obra dos deuses ou do acaso.
Actualmente a genética a Químimica,e a mecanização mudou radicalmente as regras, e o homem virou as costas, e partiu.
Hoje a agricultura tradicional,deu lugar ás grandes (fábricas) de fazer produtos comestiveis, daí o bandono das terras e adesertificação de muitas aldeias,-é triste mas é a realidade.
Será que;ainda vamos lamentar, este estado de coisas?
Abraço
José Manangão
Caro José Managão
Eu já lamento! Não sei se a geração seguinte à minha será capaz de lamentar, por já não ter conhecido o mundo de outro modo.
Sabe que, há dias, tive que explicar a alunos meus de 14 anos que o feijão que compram seco começou por ser verde? Acredite que esta ignorância da essência da vida me assusta seriamente.
Um abraço
Amiga MPS
No fim de semana passado, fui com as minhas netas (7 e 9 anos) aquí próximo de casa assistir ao Festival do "Pão Queijo e Vinho" acontece que tambem havia exposição dos animais (ovelhas)e não é que lhes foi dado abservar um parto de uma ovelha do princípio ao fim.
Calcula o que foi a chuva de perguntas.
Elas estão na Escola Primária de S. Sebastião da Pedreira, em Lisboa
só passam o fim de semana com os avós, e contam-nos que os colegas desabafam"vocês têm muita sorte dos vossos avos terem uma quinta"
Desculpe, só agora reparei no tempo que estou a tomar-lhe.
Um abraço
José Manangão
Caro José Managão
É sempre um gosto conversar consigo!
As colegas das suas netas têm razão; e elas ainda têm mais sorte porque o têm a si como avô, que as leva a conhecer a vida.
Estudam em S. Sebastião? Provavelmente, quando forem mais crescidinhas, irão estudar no Liceu Maria Amália Vaz de Carvalho: aquele em que eu estudei e no qual fui, depois, professora durante onze anos.
Um abraço
Dá tristeza só de pensar, mas não tardará muito que tenhamos por aí aldeias completamente abandonadas. Em grande parte delas restam já hoje apenas os mais velhos, os que teimaram em ficar quando os mais novos resolveram partir...
Xi Grande
Caríssima PV
As fotografias aqui publicadas são dos Vales, pequeníssima povoação da freguesia de Rebordainhos. Teoricamente ainda existem lá duas pessoas (pai e filho) mas, de verdade, já ninguém lá vive. Corta o coração.
Um agraço
Cara MPS
Os trilhos que outrora contaram os passos de todos quantos deles se serviram, nas deslocações entre a casa e os locais de trabalho, no campo, estão hoje descaracterizados por falta de uso. Mesmo alguns, cominhos cuja terra se tornou estéril de tão pisada e repisada que foi, estão hoje cobertos com o mato das bermas, a camuflar os últimos vestígios da história que serpenteava em redor das aldeias.
Quem nunca teve contacto com uma, das genuínas, no tempo em que as ruas fervilhavam de gente, e nos dias de hoje se deparar com o ambiente desolador, quase fantasmagórico, que caracteriza estes aglomerados, pensará certamente que os seus escassos habitantes, ainda resistentes, nunca foram novos.
Um abraço
Nunca fiz nenhum comentário ao teu blog, embora o visite muitas vezes.
Agora deixo aqui uma sugestão, poruq não deixas os outros verem as belezas naturais da Aldeia, é só fazeres um Link para o meu blog!
A concorrência (familiar) nunca fez mal, nem eu possuo infelizmente os teus dotes de escita para te fazer concorrência, apenas pretendo partilhar as belezas da tua aldeia com os outros, a maior parte das fotos que lá est~~ao até são tuas.
Beijos
Caro Chanesco
O meu amigo sai-se com cada tirada que até nos faz suster a respiração! Assim me pus, ao ler o seu último parágrafo.
Um abraço
João
Espertinho! como Maomé não vai à montanha...
Vou já fazer o que me pedes!
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