13/10/2007

Memórias ao lado de casa


As aranhas envolvem em casulo de seda a memória daqueles que partiram sem deixar quem deles quisesse lembrar-se. Será que um dia nascerão crisálidas?




7 comentários:

Anónimo disse...

São cada vez mais as casas abandonadas na parte antiga da minha cidade, onde já quase não mora ninguém.

Por isso, olhando esta imagem, não posso deixar de sentir enorme tristeza...

Um Xi da Porca

[Que bom ver de novo a 'Urzeira' com vida!]

MPS disse...

Caríssima PV

As casas vazias são uma enorme tristeza, mormente quando quem as habitava povoou a nossa infância. E vê-las cair, então...!

Um abraço e, de novo, obrigada pelas suas palavras.

Anónimo disse...

Uma triste e chocante realidade em todo o interior de Portugal, pobre, velho e abandonado. E a tendência para a desertificação propenderá a aumentar, para tristeza minha, eu que sou um regionalista – não a favor da regionalização, outra questão – convicto. O nosso Portugal profundo definha e perde-se.

MPS disse...

Caro Jofre

O nosso Portugal desaparece e nem imagino para transformar-se em quê. Será que podemos falar de transformação?

O que mais dói é que não são as barracas nem as casas abarracadas a desaparecer...

Um abraço e obrigada por ter arranjado tempo para me visitar, nessa sua vida tão preenchida.

Jorge P. Guedes disse...

Não são tanto as casas que são deixadas para ruir sem dignidade. É a memória de quem nelas habitou que é gravemente ofendida.

Um abraço para ti.

MPS disse...

Jorge

Quando entrei naquela casa pensei assim: "há herdeiros que se comportam como um bando de assaltantes!" Impressionou-me verificar quais foram os objectos deixados para trás: as fotografias dos donos e os seus objectos pessoais - canetas, óculos, sapatos, casacos! Como pode desamar-se tanto alguém que nos deu o sangue?

É por isso, Jorge, que o teu comentário é tão certeiro.

Um abraço e obrigada.

MPS disse...

P.S para o Jorge

Na quelas circunstâncias, as teias de aranha deixam de nos repugnar para se transformarem em símbolo de vida presente e possível.

Outro abraço