Ao longo do ano, no seu movimento aparente, o Sol desloca-se, ora para Norte (após o solstício de Verão, indicando que se aproxima o Inverno) ora para Sul (após o solstício de Inverno, informando-nos que é o Verão que chegará). Grau a grau, lá vai deslizando, para a esquerda ou para a direita, qual pêndulo de um relógio gigantesco que, por ser tão grande, em vez de marcar as horas marca as estações. O seu gongo toca quatro vezes ao ano, mas é "música das esferas" que os ouvidos humanos não sabem escutar. Podemos, no entanto, vê-lo balouçar, se ainda soubermos elevar o olhar.
Em Julho
Em Agosto
Em Outubro
E sempre que o céu o permite, a Serra mostra o seu perfil erecto de menina!
É este o Sol que embeleza as minhas noites e me faz ansiar pelo dia que virá; é esta a Serra, meridiano das estações do meu ano.
17 comentários:
Com que então sou chabasco, hein?
Chabasco de todo! Tu és daqueles que, se fosses pianista, em vez de tocares a quatro mãos tocarias a quatro pianos! (E ainda terias tempo para os amigos...!)
Um abraço
Ahahahahahahahahah!.......
Já que estou com a mão na massa, o que é isso de a Serra mostrar "o seu perfil erecto de menina"?
Hum!... Isto cheira-me a lesssbianissmo! Hum!...Hum!...
Quando é que o inefável Miguel regressa?!
Para aumentarmos as audiências !...
Safa!!! Vade retro!
Daqui a alguns milhares de anos o perfil de Sintra ter-se-á desvanecido, arredondado pela chuva e pelo vento. Nessa altura, alguém que, como eu, tenha o prazer da contemplação, escreverá que a serra mostra o seu perfil de mulher fértil. Os romanos chamaram-lhe o promontório da lua mas, para mim, Sintra é o leito do sol.
Ora lembras bem, que será feito do Miguel, vértice do triângulo? Também lhe sinto a falta sobretudo porque gosta de me acicatar!
Mas para disfarçar a falta de audiência encontraste um belo expediente: com ele já vamos em 8 comentários! Eureka, podes dizer!
E vão...NOVE!
O nº 10 - "Record" pôs-se à sombra e foi visitar "os amigos".
Mas este chegou entretanto.
Et voilà!
E porque não gosto de números redondos, cá vai o onzeno, erecto como a serra!
Mas vocês deixam Sintra em paz?
"Isto cheira-me a lesssbianissmo!" - Vocês sabem de onde surgiu a associação de "lésbica" como denominação de homosexualidade feminina?
M., gostei da tua comparação - de "perfil erecto de menina" a "perfil de mulher fértil". Convenhamos que quem virá mais tarde ainda, ao contemplar Sintra dessa perspectiva, já sem seios e sem ventre, escreverá que a serra tem "perfil de jovem macho com fome". Eheehehehehheh
Quanto ao facto de os romanos lhe chamarem "o promontório da lua", esses tipos sempre foram uns noctivagos - borga com eles todas as noites, de maneira que nunca contamplavam Sintra em horas decentes....
Malandros
1 - Não, Miguel, não sei de onde possa vir tal associação! :-)
2 - Vês como fazias falta? Os meus olhos seriam incapazes de alcançar tão longe no tempo!
3 - Tens toda a razão, aqueles tipos eram uns borgustas mas, porque tinham mau vinho, cozinhavam a bebedeira enquanto faziam as conquistas.
Não sei se estás a falar a sério ou não (tinha quase a certeza que saberias, daí a pergunta ser quase retórica), mas o termo deriva da ilha de Lesbos, pertencente à Grécia. O amor entre mulheres foi aí descrito nos poemas de Safo (grande safado).
Abraço
Pensei que o símbolo :-) pudesse ser interpretado como o sorriso da ironia, mas isto sou eu que nada entendo da nova sinalética.
Safo seria uma grande safada, não a insultes no género!
Eheheheh... sou um pateta! É claro que é um sorriso, eu é que não associei à ironia. Isto da descodificação da linguagem esccrita! E sim, safada!
Não és pateta nenhum! Não estás é habituado ao meu sentido de humor!
Já agora, aqui vai um excerto de um poema de Safo em que, depois de invocar Afrodite, esta lhe responde:
"Quem queres tu que eu traga
de novo ao teu amor?
Quem te molesta, ó Safo?
Se agora ela te foge,
em breve para ti
correrá; se agora
recusa o que tu
lhe ofereces, ela
mesma to dará, e se
não te ama agora, em breve
te há-de amar, ainda
que a tal seja forçada."
Quem diria que as minhas meditações acerca de Sintra me levariam a transcrever um texto de Safo. Ele há cada uma!
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