Esta merece honras de publicação. Nem imagino quem seja o autor, mas faz-nos rir no meio da desgraceira e, só por isso, vale a pena. É a visão de um brasileiro.
Para quem não entendeu ou não sabe bem o que é ou gerou a crise americana, segue breve relato econômico para leigo entender...
É assim:
O seu Biu tem um bar, na Vila Carrapato, e decide que vai vender cachaça "na caderneta" aos seus leais fregueses, todos bêbados, quase todos desempregados. Porque decide vender a crédito, ele pode aumentar um pouquinho o preço da dose da branquinha (a diferença é o sobre preço que os pinguços pagam pelo crédito).
O gerente do banco do seu Biu, um ousado administrador formado em curso de emibiêi, decide que as cadernetas das dívidas do bar constituem, afinal, um ativo recebível, e começa a adiantar dinheiro ao estabelecimento, tendo o pindura dos pinguços como garantia.
Uns seis zécutivos de bancos, mais adiante, lastreiam os tais recebíveis do banco, e os transformam em CDB, CDO, CCD, UTI, OVNI, SOS ou qualquer outro acrônimo financeiro que ninguém sabe exatamente o que quer dizer.
Esses adicionais instrumentos financeiros, alavancam o mercado de capitais e conduzem a operações estruturadas de derivativos, na BM&F, cujo lastro inicial todo mundo desconhece (as tais cadernetas do seu Biu).
Esses derivativos estão sendo negociados como se fossem títulos sérios, com fortes garantias reais, nos mercados de 73 países.
Até que alguém descobre que os bêbados da Vila Carrapato não têm dinheiro para pagar as contas, e o Bar do seu Biu vai à falência. E toda a cadeia sifudeu !
Viu... é muito simples...!!!
04/10/2008
A crise
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10 comentários:
Buonas tardes
ye cume quien cunta cul uobo no culo de la pita i esta aspuis derrama l'uobeiro:) bien splanchada!!
Abraços
Amiga MPS
Já o meu avô dizia...O Mundo é dos espertos!
E quem não sabe ser caixeiro fecha a loja, neste caço os pinguços é que sevão tramar!
E como diz o brasileiro, "Pimenta no olho do outro...é mel!"
abraço
Cara MPS
O que não vale ter imaginação do seu Biú ... o resto é delirante. Mas... será que esta história tem alguma coisa a ver com o que se passa hoje com a economia mundial! Huuummmm!!!
Ele há coincidências...!!!
Um abraço
Caro Boieiro
Seja muito bem-vindo - e logo a dizer tão bem. É isso mesmo: conta-se com o ovo no cu da galinha... mas a avidez é terrível!
Já agora, dê-me cá uma ajuda, podendo ser: lá para as minhas bandas (Bragança) usamos "derramar" com o mesmo sentido, mas também, por exemplo, dizemos que se derramou a nabalha ou a gadanha. Dá-se o mesmo em Mirandês?
Muito obrigada
Um abraço
Caro Managão
Os pinguços tramam-se porque ficam sem a pinga. Já todos os outros terão muito mais a perder, a começar pelo "seu Biu" e acabando na súcia que achou que aquilo era negócio da China. Da súcia não tenho pena nenhuma, mas daqueles que trabalhavam nas empresas da súcia tenho muita.
Um abraço
Cara Meg
Também não sei muito bem se a história tem alguma coisa a ver com isto da crise...
Salve-nos o humor!
Um abraço
Buonas nuites
A las bezes derrama-se l uobeiro, derrama-se l carro de yerba, derrama-se la nabalha (palaçuola) i la gadanha, tamien se derrama i strampalha l talho i l feixe. L pior ye quando mos derraman la bida ...
Abraços
Caro Boieiro, muito obrigada.
Pelos vistos, derramar é, então, sinónimo de estragar. Nesse caso, nós damos-lhe um sentido mais restrito que é semelhante a tornar bambo, frouxo.
Distinguimos "derramar" de "arramar" (entornar, verter), por isso "arrama-se" o carro da erva, tal como o caldo, o que é mau sinal. E que sete cães ferrem os dentes em quem nos estrampalhar a vida.
É verdade! Nada melhor que uma palaçoula.
Um abraço
E quem se trama é sempre o mesmo. Há uns quantos xico-espertos a viver à custa de uns tansos que nem de tanta chibatada no lombo arrebitam as orelhas. Até quando, Deus meu?
Gostei,amiga. No meio da desgraça há sempre quem nos consiga fazer rir. E não é mau já que a borrasca promete.
Bem haja!
Um abraço.
Cara Sophiamar
Se a fiz rir, então já valeu a pena.
Um abraço
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