09/06/2006

FARISEUS

Jesus falou depois ao povo e aos seus discípulos desta maneira: "Os doutores da Lei e os fariseus têm autoridade para explicar a Lei de Moisés. Vós deveis, por isso, observar tudo o que eles mandam, mas não deveis seguir os seus exemplos. É que eles dizem uma coisa e fazem outra. Impõem leis difíceis de cumprir e obrigam os outros a suportá-las, mas eles próprios nada fazem para as cumprir. Tudo quanto fazem não passa de um espectáculo para os outros verem. Reparai naquelas frases religiosas que trazem na testa e nas mangas do vestuário. Notai como eles gostam de franjas largas nas capas! Gostam de ocupar os lugares mais importantes nos banquetes e os assentos de mais destaque nas casas de oração. Também gostam muito de que os cumprimentem com grande respeito nas praças públicas e de que o povo os trate por Mestres. (...)

(...) Ai de vós, doutores da Lei e fariseus fingidos! Limpais a parte de fora do corpo e do prato, mas a parte de dentro está cheia de roubos e violências. (...)
Ai de vós, doutores da Lei e fariseus fingidos! Sois semelhantes a túmulos caiados. Por fora parecem muito bonitos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda a espécie de podridão. Assim sois vós: por fora pareceis muito boas pessoas aos olhos dos outros, mas, por dentro, estais cheios de fingimento e maldade.

(...) Serpentes! Raça de víboras! Como haveis de escapar à condenação do inferno?"

Evangelho segundo S. Marcos, 23-24


Para o meu amigo Fernando, vítima da condenação das víboras.
Para todas as vítimas dos fariseus e doutores da Lei de agora.

3 comentários:

MeMyself&I disse...

A ignorância é uma coisa vil, abjecta, indigna, servil, sujeita a inúmeras e violentíssimas paixões. Destes insuportáveis tiranos que são as paixões - e que por ora nos governam alternadamente, ora em conjunto - te libertará a sabedoria, a única liberdade autêntica. Para chegar à sabedoria, um só caminho e em linha recta; não há que errar, avança em passo firme e constante. Se queres que tudo te esteja sujeito, sujeita-te tu à razão; dirigirás muitos outros, se a ti te dirigir a razão. Ela te dirá o que deves empreender, e que maneira; assim não serás surpreendido pelos acontecimentos. Tu não podes apontar-me alguém que saiba de que modo começou a querer aquilo que quer. E porquê? Porque o comum das pessoas não é levada pela reflexão, mas arrastada por impulsos. A fortuna cai sobre nós não menos vezes do que nós caimos sobre ela. A indignidade não está em «irmos», mas em «sermos levados», em perguntarmos de súbito, surpreendidos, no meio de um turbilhão de acontecimentos: «Mas como é que eu vim parar aqui?


Séneca, in 'Cartas a Lucílio'

Um grande abraço ao Fernando

MPS disse...

Obrigada por me secundares. Ele bem precisa de nós todos, agora!

MeMyself&I disse...

Ele sabe que tem amigos na escola. Amigos que o admiram e gostam dele como ele é.
Um abraço